sábado, 21 de agosto de 2021

Os olhos não veem o que o coração não sente

(Imagem: daqui)

Na nossa pluralidade de pessoas iguais por dentro, o ódio é o novo amor dos que querem mudar o mundo de ambos os lados. O novo amor não nos deixa sentir os laços antigos de amizade e união. Mas eles estão em cada esquina, nas mesmas casas, e-mail, rede social e numero de telefone. 
Quando passamos a tomar para nós convicções, nossos afetos ficaram incertos, distantes e difíceis de enxergar. 

Nos retratos e lugares que passamos existem agora pessoas a evitar onde antes haviam amigos, irmãos e outros modos de amor. Elas são as mesmas pessoas de antes que a convicção impediu  o coração de ver. O colírio para a cura encontra-se no tijolo que sustenta nossas novas certezas e só pode ser alcançado se ele for quebrado. 

Por enquanto, e só por enquanto, os olhos não veem porque os corações não sentem. Mas tudo isso passará.