quarta-feira, 21 de julho de 2021

Sobre o nada

(Imagem: daqui)


O nada é uma pradaria de gigantes
De um profundo que não podemos conceber
Um outro nome para essa altura
É o intervalo de tudo
Do todo de todos
Do limite onde a existência toca o seu oposto
E a tudo inunda com sua água

É a fronteira da linguagem, da compreensão
É o universo sem nós para os que se importam com egos
É o ego mortificado quando semeia-se o amor
Como uma menina que canta quando devia estar no trabalho
E trabalha cantando pois sabe que tudo é uma coisa só

Infinitos universos caberão ali
Não é nada que se possa medir
Está dentro e fora de nós e sendo preenchido
Ficando invisível aqui no meio da sala
É só uma medida para nos situarmos
Mas está errada, pois não é nada do que sabemos. 
Não é nada.