sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Selos!

Recebi da Jaqueline do blog Just So You Know Esses cinco selos. Fiquei feliz com o fato de uma pessoa com um blog tão legal escolher o Da Cor Da Sua Paz!
Obrigado a Jaqueline, e a todos que curtem as postagens daqui. Quando comecei não entendia direito o que é um blog. Ha ha ha ainda não entendo totalmente... Mas me serve e, acredito, serve a todos vocês, blogueiros ou não para sairmos de nosso mundo falando de nossas vidas ou outras coisas comuns ao seres humanos.

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Repasso os selos para outros blogs que admiro muito, são eles:

#1 Contos de F.
#2 Dear, dear diary...
#3 Dois Rios
#4 Eu Acho Que Foi Assim
#5 Quente e Letrista
#6 Flávia´s little drawings
#7 Letícia
#8 Infinito público
#9 Ordem, Progresso e Crítica
#10 Miniminimos
#11 Sedokao Morutaru

Então, aos selos:














Ótimo Natal e um ótimo 2011 aos leitores, amigos, blogueiros... Até ano que vem!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mais uma vez

(imagem: ela2 - tirada de: pensadora2.blogs.sapo.pt)

Eunice segue a estrada
O sol vai alto
Queimando o asfalto
E o coração em brasa
Queimando os sentidos
- Poderia ser um sonho...

Eunice segue a canção
Sua vida daria um blue
E apesar de tanta dor
Ela vê flores onde passa
E apesar de tanto amor...
- Agora são só flores, mais nada

Eunice segue no asfalto
Enquanto o sol queima os sentidos
E o coração em brasa
Turva o caminho
Quase perdendo de vista
A linha dessa estrada

Eunice segue as estrelas
E num planeta distante
Encontra ela mesma. Eunice:
Por que esperar até o ápice, desesperada?
Começa de novo a história linda
De quando nossas vidas eram como flores
E eram só flores, mais nada.

(Escrito em 02/08/06)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

De repente, chuva!

(imagem: recebendo chuva homem - kdomeu.blog.terra.com.br)


Desde muito tempo venho tendo uma relação quase que pessoal com a chuva, os dias de chuva. Não sei quando isso começou - o tempo já passou demasiado para ter uma certeza.

O fato é que quando começa a chover o barulho no telhado e o cheiro que sobe da terra causa uma angústia e uma sensação de alívio. É como se estivesse preso e a chuva, de algum modo, quebrasse as correntes. Ou então fizesse o oposto, me fazendo ter a certeza de que nem Bach ou Mozart conseguiriam captar e fazer com que me sinta como me sinto quando ouço as gotas d’água cair, as pessoas correndo, os vidros embaçados e o corpo molhado! Em meu peito há um furacão e só os dias de chuva o acalmam – ou centuplicam o estrago. Ainda não existe meio-termo essas horas, ou é o céu ou o inferno. Porém a chuva dá serenidade aos efeitos de ambos.
Você já percebeu como o mundo se cala quando começa a chover? E se não ligar para os sapatos molhados e as pessoas apressadas conseguirá ver você em meio, em meio ao mundo. Mas isso ainda não é solidão, pois esse não é o caminho para ela. A solidão é mais egoísta, os dias de chuva não, são para todos inclusive os sozinhos. É que ambos te pegam desprevenido, mas creio que o guarda-chuva para a solidão seja um coração transbordante. Quando o céu te pega de surpresa só resta aceitar.
Um dia aconteceu... meu primeiro encontro consciente com ela. Ao voltar para casa entrei na rua em que moro e começou a chover, a chuva veio lenta na esquina oposta e parei no meio da rua procurando um abrigo, uma rota de fuga para o inevitável. Calculei a distância para a porta e corri, ela, como se estivesse viva acelerou incrivelmente e me pegou no terceiro ou quarto passo, molhando a mim, a outra metade da rua e o restante do bairro, foi como um abraço.
Ao chegar perto de casa já não corria, abri o portão e olhei para o céu para contemplar aquele espetáculo de Deus acontecendo - não do outro lado do mundo, nem num programa ou telejornal, mas ali - em minha frente, na cidade e dentro de mim.
Então hoje é o último dia de novembro, o calor arrebata saudades dos tempos frios e até os últimos acontecimentos nas favelas do Rio deixam uma sensação de tranqüilidade com relação ao futuro. Mesmo sabendo que aqui a paz não é para sempre, sei que as guerras também não são. Assim como a chuva cai depois de um longo período de seca espero que a paz possa reinar. E que venha para sempre.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Todo mundo foi criança III

(imagem: 4 - Nuno Bernardo - Olhares.com)


Percebi a cidade com uns 19 anos, era incrível a noção de pensar e sentir dentro dela à primeira vez. De modo lúcido perceber que há possibilidades.
Quando era criança meus amigos e eu pregávamos uma brincadeira nas pessoas que passavam por nós, "Ei, moço!" - chamava-mos. Quando a pessoa voltava perguntava-mos: "se você não tivesse voltado já estaria onde?". O pessoal ficava fulo da vida conosco. Aprendemos a ficar longe de possiveis cascudos, então, para a brincadeira ficar mais divertida.
Mas tudo o que vai tem volta, e hoje recebi o troco por minhas peraltiçes de alguns tempos atrás.

Quando ouvia um som olhando o céu pela janela, notei o horizonte de casas e prédios então aconteceu. A cidade entrou pela casa e me perguntou - me perguntou jogando seu hálito quente de dia de verão fora de época: "se você não estivesse aqui em mim, onde poderia estar?" Longo tempo de silêncio... Pensei: será que é preciso tudo isso para sermos felizes mesmo?

Parecia haver sorrisos maliciosos e irônicos para mim. Quis pensar em algum lugar para estar que não esse e não veio nada em minha mente, parei e olhei ao redor, como alguém que se percebe preso no espaço e tempo - pela janela sentia os sorrisos irônicos.

Havia outro lugar para estar, vários lugares, aliás. Porém escolhi esse aqui para ser onde quero estar (como quando eles dizem nos filmes: "estou exatamente onde quero estar!"). Os sorrisos irônicos cessaram como quando alguém se espanta ao ser descoberto em segredo. Descobri um segredo das cidades. Hoje eu sei -assim como aquele pessoal que zoava-mos na rua - hoje eu sei que estou só de passagem, e essa foi minha resposta a ela. Você nos prende e condiciona as vidas aos seus caprichos pois foi feita para nós, mas nós não fomos feitos para você. Sei exatamente onde estou e onde quero estar.

Diz pra mim, quem vai sorrir agora?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Julie Anne

(Imagem: Flores Azuis - Lúcia Maria Fernandes - Olhares.com)


Choveu tão bonito na tarde em que você se foi, e eu tirava fotos de flores azuis antes de saber.

Tenho certeza que Deus estava por perto pois esse clima me confortou (antes mesmo de saber).

Quando te encontrar naquele grande dia espero poder dizer o quanto te esperamos, o quanto te amamos mesmo sem termos conhecido você. Peço a Deus que isso aconteça, que Jesus nos dê forças.



Até breve!

sábado, 31 de julho de 2010

Da série: "é grave Doutor?

Ele: Apenas 10% das pessoas apresentam esse probrema na visão
Eu: (Depois de arregalar os olhos espantado) Quantas pessoas já passaram pelo seu consultório?
Ele: Muitas filho, mas estou falando de 10% da população mundial.

Poderia ser pior, vou olhar pelo lado bom, ao menos não estou cego não é? E ainda tenho milhões de pessoas para conversar sobre.
Vejo vocês mês que vem, mas não fiquem tão longe, posso não enxergar.
Ah, nam fiquem tão perto também posso não enxergar do mesmo jeito...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quanto vale a vida!


Quantos são os seus temores, quão só você andou?
Há alguém que se importa com você, que sabe de seus anseios e de suas lutas. Existe também um caminho que deve ser trilhado, mas você não estará só.
Há um lugar onde só os fortes prevalecerão - os que tiveram forças para dizer não ao erro, ao revide, aos vícios... os que tiveram forças para amar apesar de todoas as circunstâncias.
Ninguém é louco de morrer por toda uma humanidade à toa. Há algo de incrível e inexplicável nesse ato e nenhuma mente humana nunca poderá explicar.
Pare só por dez segundos para meditar agora que Jesus estava pensando em você, milênios antes de você nascer, quando foi morto naquela sexta-feira. Ele sempre te teve esse cuidado. É assombroso não é?
O caminho mais sublime, a verdade perfeita, a vida plena são uma pessoa. Como deveriamos buscar ter um relacionamento com ela!
Você vale a vida de um Deus de amor. Não transforme isso numa coisa em vão, ame-O também.
Você terá uma eternidade inteira depois disso.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Da série "não atirem em mim, sou só o blogueiro!"

Pele ardendo de mais um dia ensolarado, cabelos emaranhados.
Dias corridos, ponteiros voadores...
Sempre que algo anormal - ou que era para ser anormal num mundo normal - acontece - como explicar algo que queremos elucidar quando o pensamento se vai perdendo aos poucos?

An hamm... Quando você sofre coisas que só acontecem nos filmes e telejornais acha que o mundo todo é um vazio enquanto o sol brilha lá fora.
Nada grave, a não ser a minha burrice - ninguém pode ser considerado inocente aos 22 - a não ser minha burrice que me faz correr tantos riscos... Eu só destranquei a porta e sai - na verdade avisei que estva saino, tremendo e aliviado por não virar estatística - teria me dado um soco aquela hora se minhas mãos obedecessem.

Um, dois... quatrocentos passos. Já em casa olhei para trás e li num blog de uma menina as coisas que ela ouve para fazer a ansiedade passar - eram coisas de menina que só as meninas entendem - e eu fiquei feliz ao ver a felicidade dela mesmo sem entender do que se tratava.
É isso, esse post não fala sobre nada, e ao mesmo tempo fala sobre tudo o que aconteceu naquele dia, esse post é só para fazer passar, pois se for pensar bem não era para eu estar aqui mais, nunca mais...

Por não entender - ou pelomenos nunca ter pensado a fundo - sobre a maldade que há em meu coração, não entendi a maldade que havia em outra pessoa. Como alguém pode ter gosto por sangue e buscar isso assim... como algo banal? Não importa. Sinto-me como se fosse o mais afortunado do mundo, deve ser melhor do que ganhar na Mega sena - nascer denovo. Concerteza é.

Essa postagem, provavelmente, está cheia de erros de grafia, pontuação... mais do que o comum visto por aqui... e eu não vou corrigi-los. É só para estravazar, assim como o sol que queima mais do que devia e a chuva que inunda mais do que molha não são corrigidos, e é tudo culpa nossa.
Esse blog me faz bem e sinto falta de não poder mais estar por aqui como antes, ao menos por esse ano, mas agradeço a Deus por poder estar sempre que possível, ainda que não entenda direito que a vida pode ter fim de verdade.
P.S.: "O Anjo do Senhor fica em volta daqueles que o temem e os protege do perigo.
Procure descobrir por você mesmo como o Senhor Deus é bom. Feliz aquele que encontra segurança nele!" (Salmos 34: 7, 8). Não tenho como agradecer, isso é imenso!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Quando olho pela janela

Me espanta pensar que de todos os sistemas possíveis
- E todos eles falíveis -
Seja o mais egoista o que sobrevive
O que nos obriga a dançar
O que nos causa vertígem
O que nos faz ser só mais uma peça egoista
Dentre tantas outras peças igualmente substituivéis
E num mundo em que cegam o amor e a justiça
Cria-se lugares onde até mesmo tudo nunca será o bastante

Me espanta pensar que o mundo é pequeno
E ao mesmo tempo tão grande
Me espanta notar as pessoas que vejo na rua
Andando tão apressadas, as vezes para lugar algum
não saberem que penso nelas ao chegar em casa
E talvez não entendam o que a pressa não nos deixa perceber:
As coisas belas da vida só estarão no acaso
Se não deixarmos estar em nosso coração
Me espanta pensar o quanto pensar me espanta então

Me espanta saber como a fé pode mover montanhas
E em como são as pequenas pedras que nos fazem tropeçar
Me espanta pensar o tamanho da confusão que fazemos
Por conta de um Único Deus
Então evitamos olhar para Ele.

Me espanta o sorriso das crianças diante da vida
Um dia fui como elas - deveriamos ser sempre assim
Mas pude enxergar enfim
Que meu assombro com as coisas que não posso controlar
É por elas residirem em mim ainda
Mas mesmo que o mundo seja dispar e grande
Nunca será maior que e própria vida
Que é Aquele que tem a própria vida em si.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sobre por que não arrumo meu quarto

Algo interessante sempre passa na T.V., há sempre um bom lugar para ir ou algo para acontecer essas horas... Uma estrela cadente pode passar e eu posso perder, alguém pode ligar ou chegar e eu posso estar ocupado, um amigo pode casar no exato momento em que eu esteja arrumando a cama, ou o Grêmio pode ser campeão do mundo de novo e eu corro o risco de não ver...
Isso é o que te digo não é?

Mas o real motivo é que esse ano ainda não deu para saber onde começa o meu quarto... De vez em quando vejo o chão... Ás vezes a luz falha e as gavetas quebram, mas eu conserto tudo. Só não arrumo a praça de guerra, o amontoado de roupas e cd’s, nem procuro meu violão perdido no buraco negro que saiu de dentro de meu peito – e que torço para que não consuma o mundo inteiro a começar por aqui por casa – pois esse é o meu artifício para garantir que eu seja visto.
Eu não arrumo essa bagunça para você notar que há algo de errado com agente. Eu visto roupa amassada e ligo som alto que é pra ver se você grita ou briga, e dessa briga saia uma conversa e desse grito saia um sussurro que vá de encontro ao que mais importa na vida de um ser humano: o outro ser humano que deveria ocupar um primeiro lugar em sua vida.

Não sei onde termina esse amontoado de coisas, pois não sei onde começa a nossa vida juntos. E todo o pouco de nós que tenho em lembranças, me agarro para não esquecer... O que já é vago e longe no tempo.
Quando sento em sua frente e puxo conversas que não os “bom-dias”, “vou sair”, “volto logo” - meu Deus! Passamos tardes inteiras como se falar não fosse importante. E é! Faço essas coisas para ver o que acontece...

Eu deveria amassar seu carro, ou bater ele comigo dentro pra você, num momento de fúria, dizer de uma vez por todas que já esperava isso de mim, ou talvez não... Talvez não. Quem sabe você me visitasse no hospital e como por milagre dissesse que de agora em diante vai ficar tudo bem, e que a casa em que moramos será um lugar ao qual se deseja voltar depois de um longo dia de trabalho.
Talvez quem não deu o primeiro passo fui eu! Estou pensando nisso agora e decidido a por em ordem o cabaré.
Só tenho receio de que quando você veja tudo em seu devido lugar pense que todas as coisas estão em ordem e que já não exista ausência, falta sua.

Tenho medo de que aquele gringo bobo tenha razão e perceba que ele cantava uma canção para nós dois quando chorava: “Father, you left me, but I never left you I needed you, you didn't need me”.
Mesmo depois de agente ter feito todo o possível, ainda pode existir algo a ser feito.
Ei pai, vou começar a arrumar meu quarto e não vou desistir tão cedo. Não vou desistir!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

"Asleep on a sunbeam"


(imagem: Sonic youth - editada)

Lá pelos 16, 17 anos eu tinha um pensamento repetitivo, quase que como um sonho, era assim: um grupo de amigos, cinco mais ou menos – dava para perceber nitidamente dois garotos e duas garotas, o outro eu não lembro. O que acontecia era que eles estavam num gramado à noite, todos sentados, e tinha uma festa acontecendo numa casa atrás deles. Era uma festa com a turma da escola e do bairro, dessas que, depois que passa, agente torçe para nunca ter acabado, mas eles preferiram sair e ficar por um tempo, os cinco, ali fora.
Um garoto e uma garota que se gostavam trocavam olhares e todos torciam para que eles ficassem juntos. Os dois deram as mãos, ainda sentados, e conversavam olhando nos olhos. Ele sorrindo e com o boné para trás, ela séria e olhando cada palavra com uma das mãos sobre seu jeans apertado.
Os outros três ao vê-los ali saíram correndo de volta para a festa felizes e o garoto e a garota se beijaram. Era noite e eles tinham rostos. Tudo passava tão rápido quanto uma canção leve.
Eram cinco amigos e pensar neles me causava um bem danado naqueles tempos. Hoje recordei esse fato que repetia-se em minha cabeça e me voltou a lembrança de tudo o que era, o cheiro, o som da rua e da festa e os sorrisos. Estava lá e eles não podiam me ver.
De alguma forma foi como se tivesse acontecido.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010