Hoje caminho vivo por ruas e calçadas, sem precisar vender minha liberdade por aceitação. Sem precisar vende-la por mais um fôlego de vida, muitas vezes tirado da vida de alguém, nos intervalos em que o amor é conveniente. Na pausa em que o atual ódio, às vezes, não convence. Nos mesmos espaços em que caminham os punhos cerrados e as facas nas mãos.
Hoje caminho invisível por eles, pois deixei de vibrar na mesma frequência, na oscilação quântica dos que chamam à guerra cantando por paz e amor. Dos que não sabem distinguir entre uma mão que acaricia e uma granada com sua explosão.
Pensava que caminhava alheio a isso, mas não. Agora consigo ver tudo sem ter o coração afetado. E, como o que não se entende não se pode ver, não sou mais visto. Livre por ruas e calçadas! Hoje é esse o caminho. Uma grande descoberta. Um super poder.